Espiritualidade "após o monte"

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Mateus 17 / Lc 9.28-42 / Mc 9.2-29

Introdução

A passagem da transfiguração foi uma antecipação da glória que veremos no céu
Ali Moisés e Elias aparecem para mostrar que a Lei e os Profetas apontam para Cristo, e Ele deve ser o centro de adoração de todos
Transfigurar vem do mesmo vocábulo grego de metamorfose, que significa uma transformação de dentro para fora, uma mudança de forma, não somente de aparência. Hb 1.3
Hebreus 1.3 NAA
O Filho, que é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela sua palavra poderosa, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,
O que vivemos em Tapiraí deve continuar, deve continuar a nos moldar durante todo o ano

Exemplo da espiritualidade de Jesus

Fortemente marcada pela oração - Jesus subiu ao monte e levou os discípulos para orar, enquanto orava foi transfigurado. Não existe uma boa espiritualidade, uma boa comunhão com Deus sem tempo de oração. Ali em Tapirái orávamos ao menos umas 10x ao dia, buscávamos a Deus mais do que aqui. Devemos aprender a orar não para buscar as bençãos de Deus e sim para buscar o Deus das bençãos e ai sim seremos abençoados.
A espiritualidade de Jesus não é autoglorificante - Ele aponta sempre para o Pai e para a cruz, um caminho humilhante. Quando descem Ele pede para que os discípulos não comentem com os outros o que havia acontecido ali. Não devemos viver de projeto em projeto para mostrar aquilo que fazemos para os outros.
É marcada pela obediência - Jesus conversa com Moisés e Elias sobre a cruz que enfrentaria. Ele sabe qual é o seu propósito e não se esconde nem tenta fugir disso, Ele foi para a cruz pois sabia que aquele era o Seu propósito e através daquele ato traria salvação ao mundo. Jesus não foi preso e morto por que Judas o traiu, o sinédrio o prendeu ou os governantes o condenaram.

A transfiguração na visão dos discípulos

Ao contrário de Jesus, os discípulos estavam presentes mas não participavam da intimidade com o Pai. Ao invés de orarem com Jesus, estavam caindo de sono. Participam da maior “reunião”, “assembléia para os batistas. Deus trino, Moisés e Elias. E quando ouvem a voz de Deus, caem de medo, precisam ser levantados por Jesus. Não estavam em comunhão com Deus através da oração e por isso caem de medo.
Infelizmente o “monte” não é o nosso padrão de vida e nem para isso que fomos chamados. Seria muito bom continuarmos a viver direto em um projeto né? Pedro também queria continuar no monte, sugere até fazer 3 tendas para permanecerem lá durante um bom tempo. Só que muitas vezes viver nessa espiritualidade de êxtase, de estar em grupo perto daqueles que tem a mesma é que você não é para o que fomos chamados. Quando os discípulos descem do monte encontram a vida normal novamente, cheia de problemas. Nós também voltamos para nossa realidade e já enfrentamos muitos problemas nessas 2 semanas, mas o que vivemos lá deve nos motivar a continuar vivendo da forma correta, não podemos fraquejar.
No vale é onde somos testados. Os discípulos descem do monte com Jesus e encontram o que? Os outros discípulos discutindo com os escribas sobre algo enquanto alguém na multidão clama por ajuda e não é atendido. Quantas vezes nos deixamos levar por coisas sem importância e não enxergamos quem clama por ajuda ao nosso lado? No vale teremos muito trabalho e precisamos estar firmes em oração para conseguirmos suportar essas dificuldades, manter essa chama acesa, manter a vontade de viver em comunhão com Deus viva, sem deixar que os problemas e dificuldades nos afastem.
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